INSPETOR RAMIREZ - Eu me esqueci como faz pra escrever aqui em cima.

Minhas aventuras e gozações no departamento de polícia de Curitiba.

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quarta-feira, julho 16, 2003
 
De manhã eu tava vendo o meu imeiou num computador da delegacia.
Daí apareceu um cara barbudo.
Ele falou pra mim que tava acontecendo um assalto num prédio, lá no centro.
Eu perguntei pra ele se o nome dele era Barbosa.
Ele disse que não. Mas ele tinha uma barba, ele tava mentindo.
Daí eu perguntei pra ele qual era o nome dele de verdade.
Ele disse que era Jiler, ou coisa parecida. Eu disse pra ele que ele tava mentindo, porque esse nome não existe.
Daí ele disse pra mim que era pra eu parar de enrolar, porque tinha um assalto acontecendo.
Eu disse que não.
Na verdade, eu tava com preguiça, mas eu disse pra ele que eu tinha que terminar de ver o meu imeiou primeiro.
Daí ele disse que eu era um cosséba.
Eu achei essa palavra gozada. E comecei a rir.
Daí ele berrou: "óqueiiii"
Eu fiquei com medo.
Daí eu falei pra ele que se ele queria fazer uma denúncia, eu precisava do nome completo dele.
Ele disse que não.
Daí eu apontei a arma pra ele e ele falou o nome.
Era Cazimiro João Jiler.
Daí ele ficou com vergonha e foi embora.
Geralmente sou eu que vou embora.
Daí eu fui embora também.

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terça-feira, julho 15, 2003
 
Hoje eu dei um tiro num computador daqui da delegacia.
Eu tava discutindo com um cara de outro blog e tive que disparar.
Eu não tive opção.
Mas na hora que eu dei o tiro fez um barulhão legal, daí eu dei muita risada.
Tinha uma prostitútera, daquelas que sempre existem nas delegacias, e ela deu um grito bem alto.
Daí eu perguntei pra ela: "O computador leva o tiro e a senhora grita, é?"
Começou a surgir uma aglomeração.
A aglomeração era de gente.
Daí eu fui embora.
Eu vou tentar achar aquele cara do outro blog. O nome dele é Angelo Banzollini. Se não for Banzollini é Bazarzzinni. Se não for Bazarzzinni é Mizurelli. Se não for Mizurelli é Teixeira. Ah, e talvez não seja Angelo.

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domingo, julho 13, 2003
 
Eu estava com vontade de escrever no meu blog.
Mas eu não sabia o que pensar. Não tem nenhuma gozação já faz tempo.
Daí eu botei aqui uma mensagem de outro blog.

"Escritório no centro.
'Olha, estou sem o seu papel. O boy ainda não voltou. Não posso fazer nada. Você pode esperar?'
'Que horas ele volta?'
'Não sei...ele foi fazer outras coisas também. Mas daqui a pouco ele tá de volta...qual teu telefone?'
Fiquei de esperar a ligação para voltar lá. Situação desagradável: o papel era importante, tinha que esperar. Ia ter que ficar ali por perto. Circuitinho Marechal Deodoro - Rua XV.
Matar tempo, como matar tempo? Comecei com olhar fotográfico. Mesmo sem câmera a gente acaba fazendo isso. 'Olha uma foto ali. E se eu tivesse com uma lente tal.' Andei três quadras. Passaram 15 minutos. Cansei de 'fotografar'.
Café? Café...ah...um café. Entrei num café da XV - o expressinho. Resolvi tomar café e ver o povo passar. E o povo passava, passava...fiquei tonto. Sempre tive mania de imaginar o que cada um está pensando, mas sinceramente não tem a menor graça fazer isso sem poder contar para alguém ali, no ato. Quando vi um figura sentado num banco - chapéu de palha feminino (com trancinhas), camisa curta, calça curta, chinelão, sacolinha de mercado - pensei em mil histórias. Se tivesse falado para alguém ia lembrar pelo menos de uma. Esqueci todas...
E o café acabou. Livraria? Livraria...ah...uma livraria. Entrei, andei, folheei. Folheei.
'Por favor, não folheie. Preserve a publicação'
Folheei, folheei, folheei. Descobri afinal qual é a da revista New Yorker. Li um manual de 'Gross Jokes'. O que me chamou a atenção foi o capítulo 'Racist and ethnic gross jokes'.
'Puta que pariu' - pensei.
Aí me ligaram".

Eu acho que aí no final ele copiou o meu estilo de falar.
Mas não tem problema porque eu copiei toda a historinha dele.